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Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba – ato na Ponte da Amizade encerra encontro

19 jun

 

Texto e fotos: Alexandre Haubrich / Jornalismo BDSCF2199

Na manhã do último sábado (15) Uma aglomeração de pessoas diferentes das costumeiras chamou a atenção de quem cruzava a Ponte de Amizade indo do Brasil ao Paraguai ou fazendo o caminho contrário. Em vez de eletrônicos, mantas e tênis recém adquiridos, o grupo de cerca de 60 pessoas carregava faixas de protesto e bandeiras de Cuba. Em vez de intenção de comprar ou de vender, o que queriam era prestar solidariedade à Revolução Cubana e pedir a libertação dos Cinco Heróis, cubanos antiterroristas presos nos Estados Unidos. O ato seguiu-se à Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, encerrada no dia anterior em Foz do Iguaçu.

Aproximava-se das nove horas da manhã quando os manifestantes começaram a posicionar-se no meio da ponte, portando uma enorme bandeira cubana e faixas alusivas à Convenção, às organizações ali representadas e aos Cinco Heróis. Além dos brasileiros, também participaram militantes venezuelanos, presentes no evento para apresentar o VII Encontro Continental de Solidariedade a Cuba, que acontece em Caracas no fim de julho.

Até o meio-dia os ativistas, encabeçados pela Associação Cultural José Martí, gritaram palavras de ordem em defesa da soberania de Cuba e receberam algumas manifestações de apoio de motoristas e pedestres que atravessavam a fronteira.

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Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba – segundo dia debate integração

19 jun

Texto: Alexandre Haubrich / Jornalismo B

Fotos: Alexandre Haubrich e Bruna Andrade / Jornalismo B

O segundo dia da XXI Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, que reuniu mais de trezentas pessoas em Foz do Iguaçu, começou com uma palestra a respeito do sistema de saúde cubano, apresentada pelo Dr. Angel Fernandez. Ele falou sobre a importância da integração de todos os níveis da Saúde em Cuba e fez um panorama histórico e de dados no setor.

Fernandez fez questão de destacar a linha fundamental do sistema de Saúde cubano: “gratuito, universal e acessível a todos”. Na década de 1970, conforme relatou, incrementou-se a colaboração internacional de Cuba a outros países em questões ligadas à Saúde. Já na década seguinte o foco principal foi o aprofundamento dos programas de saúde da família. Nos anos 1990, apesar da gigantesca crise, chamada de “período especial”, causada pela quebra da União Soviética, as conquistas nesse setor, assim como na Educação, foram preservadas. Com o início da recuperação econômica o investimento em tecnologia de ponta tornou-se a maior ambição.

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O médico cubano citou algumas conquistas da Saúde cubana: “criação do Serviço Médico Social Rural, controle de enfermidades transmissíveis, aperfeiçoamento de atenção primária, rede nacional de informação estatística, sistemas de vigilancia em saúde de ampla cobertura, novas especialidades assistenciais e sanitárias, criação de institutos de investigação, busca de independência tecnológica, produção de medicamentos e vacinas, universidades médicas”. Também apresentou alguns dados que demonstram essas conquistas: mortalidade infantil de 4,5%, comparável a países desenvolvidos; mortalidade em menores de 5 anos de 5,7%; esperança de vida ao nascer de 77,97 anos; mortalidade materna de 29,4 por 100 mil.

Angel Fernandez falou também das missões internacionalistas dos médicos cubanos, desde a criação da primeira brigada médica, em 1963, que foi ao Chile ajudar vítimas de um terremoto, e até 2003, com a criação da Missão Bairro Adentro, na Venezuela. “Cuba não dá o que sobra, compartilha o que tem”, disse.

Integração em debate e preocupação com contraofensiva

O painel seguinte trouxe a questão da integração como ponto fundamental, participando o embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora Rodríguez, o dirigente nacional do PT, Valter Pomar, e o dirigente do PCdoB, Ricardo Alemão Abreu.

O embaixador fez uma fala breve, destacando e agradecendo a solidariedade a Cuba e defendendo os princípios da soberania do país e dizendo-se atento à contraofensiva estadunidense na América Latina e no Caribe. Chamou à unidade das forças de esquerda, lembrando a trajetória cubana de derrotas, especialmente no fim do século XIX, causadas por divisões entre os rebeldes. “Se o processo não avança, abrimos espaço ao império e perdemos tudo”, disse.

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Valter Pomar, por sua vez, falou como dirigente também do Foro de São Paulo, onde se reúnem partidos progressistas da América Latina, repudiou o imperialismo estadunidense e elogiou o papel que têm cumprido os diversos blocos latino-americanos e caribenhos. Ele explicou que a estratégia política da esquerda deve combinar três elementos para construir a transformação e a integração: partidos, movimentos sociais e governos. Pomar, porém, mostrou preocupação com a contraofensiva imperialista, que tem se utilizado de governos de direita presentes na região. Para ele, a Aliança do Pacífico é uma ameaça que deve ser vista com atenção.

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Ricardo Alemão Abreu demonstrou temor semelhante, e lembrou as características comuns latino-americanas e caribenhas identificadas por Simón Bolívar, em uma época, e Darcy Ribeiro, em outra. No mesmo sentido citou o herói cubano José Martí e outras lideranças históricas de processos de luta na região.

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Em seguida, representantes da delegação da Venezuela fizeram uma apresentação do que será a Convenção Continental de Solidariedade a Cuba, que acontecerá em Caracas em julho próximo. Também a integrante da delegação do Rio Grande do Sul, Maria Cezira Oliveira, foi designada a nova coordenadora brasileira das Brigadas Sulamericanas de Solidariedade a Cuba, que todo ano levam militantes brasileiros para conhecer a realidade da Revolução Cubana.

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O dia e a Convenção foram encerrados com encaminhamentos de propostas sobre três questões que foram a base dos debates em Foz: a luta contra o bloqueio econômico, a campanha midiática da direita contra Cuba, e a luta pela libertação dos Cinco Heróis. Por fim, foi lida a Carta Final do evento, e novas apresentações culturais encerraram a etapa presencial da Convenção, com a promessa de que o encontro seguirá rendendo frutos nos estados e nas ações em defesa da soberania, da integração e do legado da Revolução Cubana.

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Depoimentos emocionados na tarde do primeiro dia da Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba

19 jun

Texto: Bruna Andrade / Jornalismo B

Fotos: Alexandre Haubrich / Jornalismo B

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Na tarde do dia 13, a XXI Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba foi marcada por dois emocionados depoimentos de Adriana Pérez, deputada e esposa de Gernardo Hernández, um dos 5 antiterroristas cubanos; e de Carlos Permuy, filho de uma das 73 vítimas do atentado de 1976 em Barbados.

Carlos falou sobre as décadas de terror que Cuba viveu após o triunfo da Revolução. Na época em que ocorreu o atentado terrorista que derrubou o voo 455 da empresa Cubana de aviação em Barbados, ações como esta eram recorrentes, os hotéis também eram alvos frequentes dos terroristas, que tinham como objetivo prejudicar o turismo no país já que este é uma das principais fontes de divisas de Cuba.

Ele ainda lembrou que “a maior parte destes atentados estava sendo arquitetada por grupos de terroristas contrarrevolucionários cubanos radicados em Miami, que tiveram o apoio e financiamento do governo estadunidense”. Com base nisso, Permuy ainda colocou que “é a maior vergonha para os Estados Unidos que se volte a incluir Cuba na lista dos países patrocinadores do terrorismo”.

Para tentar evitar novos ataques ao país, o governo cubano enviou ao país vizinho uma equipe de agentes que tinham a missão de se infiltrar em grupos terroristas. A partir do trabalho destes agentes, em junho de 1988, o governo de Cuba entregou ao FBI um relatório com mais de 200 páginas, além de gravações, que comprovariam a existência de atividades terroristas no país. A resposta do governo dos Estados Unidos foi, em setembro do mesmo ano, prender os antiterroristas cubanos, alguns participaram do programa de delação premiada e foram soltos, mas cinco deles se recusaram a participar e foram acusados por mais de 20 crimes, incluindo “conspiração para espionagem” e “conspiração para homicídio”. Entre novembro de 2000 e junho de 2001 eles foram a juízo, em um julgamento que foi questionado até mesmo pela Anistia Internacional, e foram todos condenados a penas máximas. Gerardo Hernández Nordelo: duas prisões perpétuas e 15 anos; Ramón Labañino Salazar: uma prisão perpétua e 18 anos; Antônio Guerrero Rodríguez: uma prisão perpétua e 10 anos; Fernando González Llort: 19 anos; René González Shewerert: 15 anos, este último foi autorizado em maio deste ano a terminar de cumprir sua pena em regime aberto em Cuba.

Adriana Pérez falou sobre a questão dos 5 heróis cubanos lembrando que “eles dedicaram a sua juventude e as suas vidas para proteger a de 11 milhões de compatriotas”. Ela ainda ressaltou que “se não houvessem tantos ataques, não haveria necessidade de eles estarem nos Estados Unidos” e que os 15 anos que já se passaram já são suficientes para que pagassem pelos crimes, de falsidade ideológica e de serem agentes de governos estrangeiros, que confessaram ter cometido.

Adriana emocionou a todos quando lembrou que seu companheiro, Gerardo, está condenado a morrer na prisão por proteger Cuba do terrorismo, e dos familiares que não poderão mais ver o regresso dos 5, como o pai de René González, que morreu um mês antes do filho voltar a Cuba. “Cuba precisa dos 5 em Cuba, e eu preciso de Gerardo em minha casa”, completou emocionada.

A deputada ainda pediu a solidariedade internacional para divulgar a causa dos 5 com ações como a “Semana pelos 5”, que aconteceu recentemente em Washington, e o livro do jornalista brasileiro Fernando Morais “Os Últimos Soldados da Guerra Fria” que conta a história desses heróis cubanos. E ressaltou que “as ações tem que ser dirigidas ao governo estadunidense, porque é lá que estão presos os nossos 5”.

 

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Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba – Primeiro dia defende soberania cubana

18 jun

Texto: Alexandre Haubrich, Jornalismo B

Fotos: Bruna Andrade e Alexandre Haubrich, Jornalismo B

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Nos dias 13 e 14 mais de 300 militantes de diversos estados brasileiros, da Argentina, do Paraguai e da Venezuela se juntaram, em Foz do Iguaçu, à delegação de Cuba, e debateram formas de apoio à Revolução Cubana na XXI Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba.

A programação do primeiro dia teve debates sobre as formas de terrorismo contra Cuba. Primeiro, o terrorismo midiático. Depois, três casos específicos de ataques contra a população cubana: a base de Guantánamo; o caso do atentado contra o vôo 455 da Cubana de Aviação, em 1976; e a história dos Cinco Heróis, antiterroristas cubanos presos há 15 anos nos Estados Unidos.

As atualizações do modelo econômico

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Antes, porém, quem esteve na mesa foi a economista cubana Gladys Hernández, apresentando um panorama e respondendo perguntas sobre as atualizações do modelo econômica que o país vem levando a cabo já há alguns anos. Ela explicou o longo processo de debates na base para montar o projeto de atualizações. Conforme relatou, são quatro eixos: debates nas assembleias Municipais, Provinciais e Nacional; nas organizações de massa; e nas fábricas. O enfrentamento ao problema do êxodo rural – Cuba importa 70% dos alimentos que consome – também foi destacado por Gladys. Os créditos para produção e comercialização são o principal caminho nesse sentido.

O terrorismo midiático

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Em seu painel sobre mídia, o jornalista e blogueiro Iroel Sánchez ressaltou que Cuba “é o único país em que coexistem um alto Índice de Desenvolvimento Humano e uma prática de sustentabilidade”. Mas seu foco era mesmo a disputa midiática, e lembrou que “a palavra ‘Cuba’ sempre aparece na mídia acompanhada da palavra ‘ditadura’”. Iroel falou do uso da imigração como arma midiática. Para ele o discurso que fala sobre “fugas” de cubanos é mentiroso, já que a maior parte das imigrações têm razões econômicas e que outros países da região têm proporcionalmente mais saídas aos EUA do que Cuba.

Iroel, um dos criadores do EcuRed (a Wikipédia cubana), chamou os presentes a se inserirem na “guerra das redes” e falou sobre as formas pelas quais Cuba é abordada na mídia dominante: “Quando se fala de Cuba ou fala o governo, demonizado, ou as marionetes (oposicionistas da Revolução financiados por organizações estadunidenses), mas há todo um espectro entre eles”. E buscou explicações: “Os meios de comunicação não fazem o que fazem simplesmente por serem maus, mas por terem interesses de classe e financeiros”, afirmou.

Presidente do Conselho Mundial da Paz fala sobre Guantánamo

A brasileira Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, foi à mesa lembrar mais um exemplo de violação da soberania cubana: a existência e manutenção da base de Guantánamo. Socorro fez uma retomada histórica do imperialismo estadunidense na região, citando a base de Guantánamo, a Emenda Platt, a Doutrina Monroe, e criticando a montagem de bases navais em regiões estratégicas para a política externa dos EUA. Disse ainda que “o terrorismo de Estado, através de ameaças, terror, chantagem e violência, é a forma de domínio exercida pelos Estados Unidos”.

Debates sobre turismo e apresentações culturais completam o dia

Uma das mesas do primeiro dia trouxe ainda três brasileiros que estiveram recentemente em um grande evento de turismo realizado em Havana, e apresentaram impressões sobre o setor turístico da ilha. Ao final, preparando o espírito dos participantes para o dia seguinte, algumas apresentações culturais encerraram as atividades.

 

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Encontro em Porto Alegre debate solidariedade a Cuba

9 jun

Texto: Alexandre Haubrich, Jornalismo B

Fotos: Bruna Andrade, Jornalismo B

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Como preparação para a Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba e para ouvir a consulesa cubana Ivete Martinez, quase cem pessoas enfrentaram a neblina da manhã de sábado em Porto Alegre e estiveram na Convenção Estadual, no AFOCEFE-Sindicato. Na mesa, acompanhando a consulesa, estiveram ainda o ex-governador Olívio Dutra (PT), o economista e assessor do deputado Raul Pont (PT), Ubiratan de Souza, a diretora do Núcleo de Economia Solidária, Nelsa Nespolo, e a vereadora Jussara Cony (PCdoB). A mesa foi conduzida pelo presidente da Associação Cultural José Martí do Rio Grande do Sul (ACJM-RS), organizadora do encontro, Ricardo Haesbaert.

Jussara foi a primeira a falar, e destacou a importância das lutas anti-imperialistas, ressaltando o papel de Lula e Dilma. “Cuba é um farol”, afirmou.

Nelsa falou em seguida, e, como representante também do governo do Estado, falou sobre as crescentes parcerias entre os governos gaúcho e cubano, ressaltando a experiência mais recente, com a vinda de dez agricultores cubanos para trocas de experiências em economia solidária.

O ex-governador Olívio Dutra foi o participante mais celebrado e aplaudido durante toda a Convenção. Olívio lembrou histórias das duas vezes em que esteve em Cuba, a primeira delas ainda como líder sindical, falando sobre problemas e soluções com que se deparou na ilha. Sobre a luta pela construção de solidariedade a Cuba, opinou: “Se o povo brasileiro tivesse mais informações estaria reforçada esta luta”.

A consulesa de Cuba Ivete Martinez fez uma exposição didática, repassando alguns dos temas mais importantes para entender a sociedade cubana atual. Falou sobre o bloqueio econômico, as atualizações na economia do país e a importância da solidariedade internacional, não deixando de lembrar o grande herói nacional, José Martí. Ivete ainda teve uma segunda fala, ao final do encontro, na qual lembrou os Cinco Heróis cubanos, antiterroristas presos nos Estados Unidos, e lamentou a pouca informação que circula sobre o assunto.

Ubiratan de Souza foi o último a falar, e fez um relato sobre sua última ida a Cuba, da qual acaba de voltar. Apresentou a visão que teve a respeito das atualizações do modelo econômico. Segundo a análise de Ubiratan, “Cuba pulou uma etapa, foi direto do capitalismo para o comunismo”, e isso gerou dificuldades posteriores: “O que está sendo feito é uma atualização do socialismo”, disse.

Já no início da tarde, após diversas manifestações da plateia, o presidente da ACJM fez a leitura da carta final do encontro, antes de a jornalista Vânia Mattos apresentar o novo site da Associação.

A Convenção foi encerrada com uma apresentação cultural, a cargo do músico Ciro Ferreira, que cantou músicas próprias e de outros compositores históricos da música folclórica latino-americana.

Ciro despediu-se dos presentes ao som das palavras de Silvio Rodríguez:

He estado al alcance de todos los bolsillos,

Porque no cuesta nada mirarse para dentro.

He estado al alcance de todas las manos

Que han querido tocar mi mano amigamente.

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