Texto e fotos: Bruna Andrade, Jornalismo B
Na manhã deste sábado (25), aconteceu no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul a mesa temática Juventude pela Paz, dentro da programação do Fórum pela Paz na Colômbia. O debate contou com a presença de lideranças juvenis e estudantis de quatro países da américa do sul: Mateus Fiorentini, Secretário Executivo da Organização Continental Latino-americana e Caribenha de Estudantes (OCLAE); Fausto Breda, representante do Grupo de Trabalho Nacional da Universidade Popular (GTNUP); Martín Randall, Secretário de Relações Internacionais da Federação dos Estudantes Universitários (FEU) do Uruguay; Deisy Aparicio, representante da Associação Colombiana de Estudantes Universitários (ACEU); Manuel González, representante da Federanção Universitária Argentina dos Estudantes (MPE); Ticiana Alvares; presidente da União da Juventude Socialista (UJS-RS); e Jairo Andrés Rivera, Secretário Geral da Federação dos Estudantes Universitários (FEU) da Colômbia.
Em suas falas os jovens líderes debateram sobre o papel da juventude na construção da paz e da democracia para a Colômbia e para a América Latina, na mesa ainda foi proposta a criação da Rede Latino-americana Estudantil e Juvenil pela Paz na Colômbia: “A luta pela paz na Colômbia é uma luta latino-americana”, colocou Fausto Breda. A representante da ACEU, Deisy Aparicio, destacou que “a juventude colombiana está sendo atacada por três eixos: criminalização, estigmatização e militarização” e contou que “em 2012 foram mais de 25 assassinatos de líderes juvenis” em seu país. Seguindo a mesma linha, o uruguaio Martín acrescentou: “A repressão tem seu olhar apontada não só para os movimentos sociais, como para a juventude”.
A justiça social como uma condição necessária para a paz foi colocada mais uma vez em pauta no Fórum: “É preciso ver a paz não só como a ausência de guerra, mas como a resolução dos problemas que causam o conflito”, colocou o representante do GTNUP, Fausto Breda, que ainda acrescentou que “a mercantilização da educação segue sendo um dos grandes desafios da juventude pela paz”. Martín Randall também falou sobre o problema da privatização da educação, principalmente da educação superior, na América Latina e acrescentou que para ele “não haverá reforma universitária se não houver transformação social”.
Os palestrantes ainda ressaltaram a importância de uma integração entre os povos do continente e destacaram como fundamental a luta anti-imperialista: “A dimensão maior da luta pela paz deve ser a luta anti-imperialista”, afirmou Ticiana Alvares, “Para alcançarmos a paz na Colômbia, precisamos subverter a ordem das coisas na economia, na política e na sociedade”, acrescentou o colombiano Jairo Andrés. Para o secretário da OCLAE, Mateus Fiorentini: “Paz precisa dialogar com três tópicos: democracia, justiça social e soberania”, temas-base do Fórum pela Paz na Colômbia.
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